{Resenha} Para Onde Ela Foi



Título: Para Onde Ela Foi #2
Autor: Gayle Forman
Editora: Novo Conceito
Tradução: Santiago Nazarian
ISBN: 9788581635675
Número de Páginas: 219
Ano: 2014
Classificação: 
Série: Livro 1: Se Eu Ficar

Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medindo em passos não em milhas, não em continentes, não em anos, e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado.
Com a mesma força dramática de Se Eu Ficar, agora pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa da esperança e a chama do amor que renasce. 

Se o primeiro livro já foi sem sentido para mim, o segundo livro considerei pior ainda. Essa resenha contém spoilers do livro Se Eu Ficar, não continue lendo se não quiser saber.

Há tantas coisas que precisam ser ditas. Para onde você foi? Pensou alguma vez em mim? Você me arruinou. Você está bem? Mas, claro, não posso dizer nada disso.

Já se passaram três anos desde que tudo aconteceu, o acidente, a morte dos pais, o retorno ao mundo dos vivos da Mia, agora ela não é mais um espírito, ela está lá, tocando seu violoncelo, em carne e osso, e brilhando no mundo da música clássica.

Adam alcançou o sucesso com sua banda Shooting Star, e tinha tudo do bom e do melhor, até uma namorada modelo super linda que não deixava nada a desejar. Mas aquilo ainda o corroía, aquele sentimento que gerou as músicas de sucesso de sua banda, aquela saudade, aquela raiva, aquele amor destruído, aquele buraco negro de sua vida.

Todo o enredo é contado a partir da visão de Adam, o descolado garoto do tempo de escola aos poucos se tornou uma estrela do rock, talvez, da pior maneira possível. Ver como ele se recuperou da volta de Mia se torna um pouco revoltante, mas no final a gente acaba entendendo a dor dos dois.

Coincidentemente, Adam passa na frente do Carnegie Hall, onde Mia se apresentará naquela noite, e resolve entrar para vê-la tocar, ele só queria ouvi-la, mas Mia fica sabendo que ele está lá, e pede para falar com ele... Esse encontro, depois de três anos, causa um pouco de tumulto dentro dos dois, a esperança e ansiedade de Adam para conseguir as resposta das suas perguntas está o sufocando mais do que nunca.

Depois desse encontro, eles passam uma noite juntos passeando por Nova York, tentando descobrir como tomaram rumos tão diferentes depois do acidente, no dia seguinte precisam decidir entre voltar a realidade de suas vidas ou aproveitar a chance que o destino está lhes oferecendo.

Para quem leu minha resenha do livro que antecede este, percebeu que o que mais me incomodou foi a falta de sentimentalismo da parte da Mia, e no segundo livro isso volta a se repetir. Mia não parece real (eu sei que ela é um personagem fictício mas eu esperava algo com sentimentos não um robô), ficou tudo muito vago, faltou informação, parece que para Mia tanto faz se Adam está sofrendo ou não. É um negócio estranho, alguém que perde a família toda, some e deixa o namorado sem explicações simplesmente age como se tudo isso se comparasse com um sorvete caído ao chão. Ou seja, algo insignificante.

Ao meu modo de ver, Mia faz as coisas no segundo livro por pena de Adam (eu não consigo imaginar Mia como uma mulher que tem a capacidade de se apaixonar) e nada mais além disso. Em contrapartida ao assistir o filme de Se Eu Ficar, consegui engolir Mia com mais facilidade, ela estava mais apresentável e mais humana (apesar de ser um espírito), eu espero e estou torcendo para que gravem a continuação, porque esses dois livros fazem parte daquelas raras exceções que o filme é melhor que o livro.

Já Adam representa mais a realidade, com todas as suas confusões internas e psicológicas, o modo como tentou superar toda a sua crise em relação a Mia, e como estava tentando seguir em frente sem olhar para o passado. Ele é um típico adulto frustrado com sua vida, mas podre de rico (aqui vem bem a calhar aquele ditado que diz que o "dinheiro não traz felicidade").

Eu ainda tenho esperanças em pegar algo bom para ler de Gayle Forman, não vou desistir da autora apesar do meu fracasso com seus dois livros de sucesso. E vocês, o que acharam do livro? Me contem aqui nos comentários, gostaria de saber a opinião de todos.

Pegue um (talvez mais até...) livro nesse feriadão e tenha uma boa leitura!

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