{Resenha} A Árvore do Halloween



Título: A Árvore do Halloween
Autor: Ray Bradbury
Editora: Bertrand Brasil
Tradução: Natalie Gerhardt
ISBN: 9788528614787
Número de Páginas: 160
Ano: 2014
Classificação: 
Na noite do dia 31 de outubro, em uma pequena cidade dos Estados Unidos, oito garotos vestem suas fantasias e saem às ruas em busca de Gostosuras ou Travessuras. Ao perceberem o desaparecimento de um nono integrante, o grupo decide explorar a casa mal-assombrada do outro lado da imensa ravina. Nos fundos da propriedade, eles descobrem uma gigantesca e magnífica árvore, repleta de abóboras de diferentes tons, formas e tamanhos. Em cada uma delas, há um rosto talhado. Eles nem imaginam o que estão prestes a conhecer. A trama, por meio de metáforas e personagens históricos, dá uma aula a respeito desta data tão comemorada ao redor do planeta. Os jovens, na perseguição pelo amigo desaparecido, viajam pelo tempo, passando pelo Egito Antigo, pela Grécia dos filósofos, e pela Paris medieval, aprendendo as origens do Halloween, bem como o porquê do terror, das mortes e das assombrações associados a ele.

Halloween foi esses dias e nada melhor do que ler um livro temático para entrar no clima não é mesmo? Eis que surge A Árvore de Halloween. Me interessei especialmente por se tratar sobre o Halloween e é claro pelo autor renomado, Ray Bradbury. Assim que chegou, comecei a lê-lo com grandes expectativas. E lá se foi mais um título para a lista de frustações.

O enredo é bem simples: na noite de Halloween, em que todas as crianças saem às ruas para falar "Gostosuras e Travessuras" de porta em porta, oito garotos fantasiados se encontram em busca de doces e aventuras, porém, no total, deveriam ser nove! O que será que aconteceu com Pipkin, o nono integrante do grupo? Eis que eles foram descobrir. Vão à casa do garoto, que está doente, e o mesmo diz para que fossem em direção à casa mal-assombrada da cidade e que o esperassem lá. Dito e feito, os garotos foram.

Na casa mal-assombrada eles acabam conhecendo Montarlha, uma espécie de humano com aparência cadavérica vestido de preto, com uma aparência macabra. Ficaram com medo de início, porém, ao chegar ao quintal dos fundos da casa e observarem uma árvore com abóboras luminosas esculpidas com rostos, Montarlha os convida para viajar no tempo. Durante a conversa dos meninos com a criatura, eles avistam Pipkin no horizonte, que depois de dizer algumas palavras, some misteriosamente. Eis que a viagem temporal de Montarlha tem outro objetivo agora: procurar o amigo desaparecido.

Ray Bradbury narra a viagem dos garotos na companhia de Montarlha da maneira mais metafórica possível. Ele compara praticamente tudo à tudo, chegando a não ter sentido algumas vezes, nos confundindo se aquilo está acontecendo mesmo ou não. Comparações que em suma são "macabras" ou fazem alusão ao Halloween.

Talvez, por se tratar de um livro juvenil, eu não tenha gostado muito da leitura. As poucas 160 páginas, em certos momentos, pareceram 500 para mim. Sabe quando você está lendo um livro, mas não vê sentido naquilo que está escrito? Sei que é uma fantasia, mas até mesmo as fantasias possuem sentido. Já em A Árvore do Halloween, as coisas simplesmente acontecem. Várias indagações permanceram em minha mente depois do término do livro. Mas, talvez, eu seja muito curioso mesmo.

Halloween. Quando eu leio essa palavra, a primeira imagem que vem à minha cabeça é macabra, chegando a causar arrepios. Infelizmente, com este livro, minha reação foi diferente. Mesmo com as ilustrações presentes em algumas páginas, que são muito bem feitas, por sinal, o medonho que eu esperava não veio. Frustação.

Enfim, A Árvore de Halloween é um livro juvenil com um enredo bem simples e metafórico, que causa sim certas reflexões durante a leitura, mas, talvez, não foi o momento certo para mim, ou então eu não deveria ter colocado tantas expectativas antes de lê-lo, o que fez com que ele entrasse para a minha lista de leituras frustadas.

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