{Resenha} Mulher de Neve



Título: Mulher de Neve (Maria Kallio #2)
Autor: Leena Lehtolainen
Editora: Vestígio
Tradução: Ana Carolina Oliveira
ISBN: 9788582860953
Número de páginas: 320
Ano: 2014
Classificação: 
Skoob

No coração de uma floresta selvagem do sul da Finlândia, em uma magnífica mansão, Elina Rosberg fundou um centro de terapia para acolher mulheres com os mais diversos problemas. Isolado da cidade, o local proíbe a entrada de homens. No dia seguinte ao Natal, o corpo de Elina é encontrado na neve, com o rosto coberto pela geada. Acidente? Assassinato? Na lista de suspeitos estão as mulheres presentes no momento da tragédia, como a jovem mãe de nove filhos, membro de uma seita religiosa, e uma stripper do bairro boêmio de Helsinque. Um poeta em voga, com quem Elina mantinha um relacionamento, parece ter algo a esconder e também está entre os suspeitos. Está nas mãos da inspetora Maria Kallio desvendar esse crime, mas ela passa por um momento difícil: recém-casada, sofre de náuseas e de um estranho cansaço, e ainda tem de lidar com as constantes ameaças que recebe desde que se envolveu na investigação. Ela, porém, não se deixa abater e mergulha de cabeça. A tensão, que cresce a cada página, faz deste romance policial um suspense garantido até o último momento.

Depois de ter começado a ler romances policiais, todo o mês, praticamente, tem algum na minha lista de leitura. E, como fruto de parceria com o grupo Autêntica, a Vestígio cedeu Mulher de Neve para resenha, porém, isso foi em Julho, se eu não me engano... Então dá pra perceber que a leitura não foi tão rápida assim, como costuma ser com livros policiais. Leena tem uma ótima trama, mas acabou se dispersando em tantas informações.

O enredo tem início quando Elina Rosberg, fundadora de um centro de terapia e dona de uma propriedade milionária que acolhia apenas mulheres, é encontrada morta na neve na floresta de Nuuskio. A polícia é chamada e quem fica responsável pelo caso é Maria Kallio, a nossa protagonista.

É certo que Leena tenta causar aquele suspense durante a narrativa. Quando está praticamente claro de que foi uma pessoa que cometeu o assassinato, outro personagem é inserido, fazendo com que Maria Kallio também não tenha certeza de mais nada. Dentre os suspeitos estão uma moradora do centro de terapia que sofre com problemas com o marido e filhos, uma stripper do bairro e um poeta famoso com quem Elina mantinha um relacionamento.

Além dessa morte, vários outros temas são abordados, como o recém casamento de Maria com Antti, sua gravidez, e outras mortes ou tentativas. E foi aí que eu acredito que Leena pecou. A morte de Elina, que deveria ser o foco, acabou ficando de lado diante dessas outras discussões. Não foi um romance policial em que você começa com um assassinato e não consegue tirá-lo da cabeça até o final do livro, tanto que eu nem mais me importava com Elina em determinada parte do livro.

É um romance bom? É, sim, a escrita de Lenna é impecável; porém, como policial, acredito que não seja um dos melhores. Talvez possa se encaixar mais como drama, pois, apesar de ter um assassinato, o foco é a própria detetive, Maria Kallio, o como que ela se afeta durante a investigação. Senti falta de perseguições, tiros para todos os lados e ameaças. Fiquei com a mesma sensação depois de finalizar Iluminadas, da Intrínseca: poderia ter sido melhor.

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